Paripe - Do Viveiro de Peixes ao Mocambo | BAIRROS#1
- D IDEIA #aoseuredor
- 6 de nov. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de jul. de 2019
Tubarão, Tororó, Nova Canaã, Gameleira e Muribeca. Estrada da cocisa, Escola de Menor, Bate Coração, Vila Naval da Barragem e São Tomé de... Paripe! Todos esse lugares fazem parte do território ou limites deste bairro que é o 5º mais populoso da cidade de Salvador, com mais de 55 mil habitantes, sendo 84,5% pretas e pretos!
Conversa com os moradores apresentado pelo Canal Futura
Em Paripe, do tupi, viveiro ou armadilha de peixes, está localizada a última estação do Subúrbio Ferroviário, chamada em 1860, na sua inauguração, de Olaria. Que aliás, pode ser acessada via o próprio trem, como também pela Estrada da Base Naval de Aratu, pela Estrada do CIA ou pela Avenida Suburbana, vulgo Avenida Afrânio Peixoto.

Inicialmente fazenda e posteriormente povoado independente, abrigando a Igreja do Ó, uma das primeiras paróquias do Brasil, foi anexada judicialmente a Salvador; e até 1970 era local de veraneio, claro, devido ao seu lindo litoral. Com o novo transporte ferroviário e instalação de indústrias, tivemos o inicio da sua elevada taxa de ocupação.
Um pouco do bairro apresentado pela TV Suburbana no Youtube.
Com sua economia girando em torno do comércio, a grande referência é o Centro de Abastecimento de Paripe, criado para reunir os vendedores ambulantes que trabalhavam próximo à linha do trem, a cerca de 24 anos atrás. Apresenta múltiplos segmentos, servindo a população uma variedade de produtos e serviços.
Ganha destaque também na região a Rádio Comunitária Maré, 87,9 FM. Fruto da Associação Comunitária Amigos de São Tomé de Paripe que se tornou referência da comunidade com apoio aos eventos culturais e auxílio nas iniciativas sociais. É a primeira rádio do subúrbio.
Decerto, não temos como fazer de uma publicação um livro de história, por isso espero que reserve o tempo que sobrou dessa breve leitura para o documentário MOCAMBO AKOMABU. Gravado em São Tomé de Paripe, cujo os protagonistas são os descendentes do Quilombo do Tororó, localizado ali, e que possui mais de 400 anos. Após a abolição, passaram a viver da pesca e na resistência através de suas manifestações culturais e luta pela preservação do seu território. O conteúdo é composto de depoimentos de lideranças pautando a igualdade racial e do conflito que a comunidade vive com a Marinha do Brasil, que desde 1940, quando montou sua Base Naval na região, não reconhece a população vizinha como donas das terras.
Fontes e mais informações:

Autor: Juan Cruz (@juanitocruz)
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